Nesta série que preparamos especialmente para vocês, mamães de primeira viagem ou não, falaremos sobre os bebês que nascem antes do final da gravidez, os chamados bebês prematuros.
Quando falamos em gravidez, uma das maiores preocupações de toda mãe é o momento do parto. Mas e quando esse momento chega antes do esperado? O trabalho de parto prematuro é uma situação delicada que pode trazer desafios tanto para a mãe quanto para o bebê. Neste artigo, vamos explorar em detalhes o que é o trabalho de parto prematuro, suas causas, sintomas, fatores de risco e as opções de tratamento disponíveis.
O trabalho de parto prematuro, também conhecido como parto pré-termo, ocorre quando o trabalho de parto começa antes da 37ª semana de gestação. Isso significa que o bebê nasce antes do término do tempo considerado ideal para o desenvolvimento completo dentro do útero.
Quais São as Causas?
O trabalho de parto prematuro é uma condição que preocupa muitas gestantes, já que pode trazer complicações tanto para a mãe quanto para o bebê. As causas do trabalho de parto prematuro podem ser variadas e nem sempre são claras. Alguns dos fatores que podem aumentar o risco incluem infecções uterinas, problemas cervicais, estresse emocional, múltiplas gestações, tabagismo e consumo de drogas.
Vamos aprofundar o que pode causar esse evento e como as mães podem reduzir os riscos associados.
1. Fatores de Risco:
Existem vários fatores que podem aumentar a probabilidade de uma gestante ter um trabalho de parto prematuro. Estes incluem:
Histórico de Trabalho de Parto Prematuro: Se a mãe teve um parto prematuro anteriormente, ela tem um risco aumentado de ter outro.
Gravidez Múltipla: Em gestações de gêmeos, trigêmeos ou mais, o útero pode se distender mais rapidamente, aumentando o risco de trabalho de parto prematuro.
Infecções Uterinas: Infecções bacterianas no trato genital ou no útero podem desencadear o trabalho de parto prematuro.
Problemas Cervicais: Anormalidades cervicais, como insuficiência cervical ou incompetência do colo do útero, podem levar à dilatação prematura do colo do útero e ao trabalho de parto.
Estresse Emocional: Altos níveis de estresse emocional ou ansiedade podem desencadear substâncias químicas no corpo que desencadeiam o trabalho de parto prematuro.
Tabagismo e Consumo de Drogas: Fumar, consumir álcool ou drogas ilícitas durante a gravidez aumenta significativamente o risco de trabalho de parto prematuro.
Complicações Médicas: Condições médicas pré-existentes, como diabetes, hipertensão ou doença renal, podem aumentar o risco de parto prematuro.
2. Infecções Uterinas:
Infecções bacterianas no trato genital ou no útero, como a infecção por estreptococos do grupo B, podem levar ao trabalho de parto prematuro. É essencial que as mães recebam tratamento adequado para qualquer infecção durante a gravidez para reduzir o risco de complicações.
3. Problemas Cervicais:
Algumas mulheres têm problemas cervicais que podem aumentar o risco de trabalho de parto prematuro. Isso inclui insuficiência cervical, onde o colo do útero é fraco e se abre muito cedo na gravidez, e incompetência cervical, onde o colo do útero não consegue manter o bebê dentro do útero.
4. Estresse Emocional:
O estresse emocional pode desempenhar um papel significativo no desencadeamento do trabalho de parto prematuro. Altos níveis de estresse podem desencadear a liberação de hormônios do estresse, como o cortisol, que podem desencadear contrações uterinas prematuras.
5. Fumar, Consumo de Álcool e Drogas:
O tabagismo, o consumo de álcool e o uso de drogas ilícitas durante a gravidez estão associados a um risco aumentado de trabalho de parto prematuro. Essas substâncias podem causar danos ao feto e aumentar a probabilidade de complicações durante o parto.
6. Complicações Médicas:
Condições médicas pré-existentes, como diabetes, hipertensão e doença renal, podem aumentar o risco de trabalho de parto prematuro. É essencial que as mães com essas condições recebam um cuidado médico especializado durante a gravidez para gerenciar essas condições e reduzir o risco de complicações.
Entender as causas do trabalho de parto prematuro é importante para que as gestantes possam tomar medidas para reduzir os riscos. Evitar o tabagismo e o consumo de álcool e drogas, gerenciar o estresse emocional, receber tratamento adequado para infecções e condições médicas pré-existentes são passos importantes para ajudar a garantir uma gravidez saudável e um parto seguro. As mães devem sempre buscar orientação médica se tiverem preocupações sobre o trabalho de parto prematuro ou qualquer outra questão relacionada à gravidez.
Sintomas do Trabalho de Parto Prematuro
Aqui estão alguns dos sintomas mais comuns a serem observados:
1. Contrações Uterinas: Contrações uterinas regulares, que ocorrem a cada 10 minutos ou mais frequentemente, podem ser um sinal de trabalho de parto prematuro. Essas contrações podem ser dolorosas ou simplesmente sentir-se como uma pressão constante no abdômen.
2. Cólicas Abdominais: Dores semelhantes a cólicas menstruais podem ser um sintoma de trabalho de parto prematuro. Essas cólicas podem vir e ir, e podem ser acompanhadas por uma sensação de pressão na pelve.
3. Pressão Pélvica: Uma sensação de pressão na região pélvica pode ocorrer à medida que o bebê se move para baixo no útero, preparando-se para o parto prematuro.
4. Sangramento Vaginal: Qualquer sangramento vaginal durante a gravidez deve ser avaliado por um profissional de saúde. Sangramento vaginal pode ser um sinal de trabalho de parto prematuro ou outras complicações.
5. Aumento das Secreções Vaginais: Mudanças nas secreções vaginais, como aumento da quantidade ou alteração na consistência, podem ser um sinal de trabalho de parto prematuro.
6. Ruptura das Membranas: A ruptura das membranas, também conhecida como a bolsa estourar, pode ocorrer antes do trabalho de parto prematuro. Se você sentir uma súbita liberação de líquido vaginal, entre em contato imediatamente com seu médico.
Riscos e Complicações:
O trabalho de parto prematuro, que ocorre antes das 37 semanas de gestação, pode trazer uma série de desafios e complicações tanto para a mãe quanto para o bebê. Vamos explorar alguns dos riscos associados a essa condição e como podem afetar a saúde e o bem-estar de ambos.
1. Problemas Respiratórios: Um dos maiores riscos para os bebês nascidos prematuramente é o desenvolvimento de problemas respiratórios. Isso ocorre porque os pulmões do bebê podem não estar totalmente desenvolvidos, o que pode levar a dificuldades respiratórias após o nascimento.
2. Baixo Peso ao Nascer: Bebês nascidos prematuramente têm maior probabilidade de ter um peso ao nascer abaixo do normal. O baixo peso ao nascer pode aumentar o risco de uma série de complicações de saúde, incluindo problemas respiratórios, dificuldades de alimentação e crescimento, e até mesmo problemas neurológicos.
3. Problemas de Desenvolvimento: Bebês nascidos prematuramente também podem estar em maior risco de enfrentar problemas de desenvolvimento físico e cognitivo. Isso pode incluir atrasos no desenvolvimento motor, dificuldades de aprendizagem e problemas de visão ou audição.
4. Complicações Médicas: Além dos problemas respiratórios e do baixo peso ao nascer, bebês prematuros também podem enfrentar uma série de outras complicações médicas, como infecções, problemas cardíacos, hemorragias cerebrais e problemas digestivos.
5. Riscos para a Mãe: O trabalho de parto prematuro também pode representar riscos para a saúde da mãe. Isso pode incluir complicações durante o parto, como hemorragia pós-parto, infecções uterinas e necessidade de cesariana de emergência.
6. Impacto Emocional: Além das complicações físicas, o trabalho de parto prematuro também pode ter um impacto emocional significativo tanto para a mãe quanto para a família. O nascimento prematuro pode ser estressante e angustiante, e pode exigir um período prolongado de internação hospitalar para o bebê, separando-o da mãe e da família.
É importante que as gestantes estejam cientes dos riscos e complicações associados ao trabalho de parto prematuro e tomem medidas para reduzir o risco sempre que possível. Com um cuidado adequado e atenção precoce, é possível minimizar os riscos e garantir o melhor resultado possível para a mãe e o bebê.
Tratamento:
O trabalho de parto prematuro é uma preocupação significativa para muitas gestantes, mas existem medidas que podem ser tomadas para ajudar a prevenir essa condição e garantir uma gravidez saudável.
Repouso: Em alguns casos, o repouso absoluto pode ser recomendado para mulheres que estão em risco de trabalho de parto prematuro. Isso pode incluir ficar deitada de lado para reduzir a pressão sobre o colo do útero.
Medicamentos: Medicamentos, podem ser prescritos para ajudar a relaxar o útero e retardar ou interromper as contrações uterinas. Corticosteroides também podem ser administrados para ajudar a acelerar o desenvolvimento dos pulmões do bebê.
Cerclagem Cervical: Para mulheres com histórico de insuficiência cervical, uma cerclagem cervical pode ser realizada para ajudar a fortalecer o colo do útero e reduzir o risco de dilatação prematura.
Monitoramento Fetal: Durante o trabalho de parto prematuro, é importante monitorar de perto o bebê para detectar quaisquer sinais de sofrimento fetal. Isso pode incluir monitoramento cardíaco fetal e ultrassonografias frequentes para avaliar o bem-estar do bebê.
Prevenção:
Cuidados Pré-Natais Regulares: O cuidado pré-natal regular é essencial para monitorar o progresso da gravidez e identificar precocemente quaisquer sinais de trabalho de parto prematuro.
Evitar Comportamentos de Risco: Evitar o tabagismo, o consumo de álcool e drogas ilícitas durante a gravidez pode ajudar a reduzir o risco de trabalho de parto prematuro.
Gerenciamento do Estresse: Reduzir o estresse emocional durante a gravidez pode ser benéfico para prevenir o trabalho de parto prematuro.
Tratamento de Infecções: Receber tratamento adequado para infecções durante a gravidez pode ajudar a prevenir o trabalho de parto prematuro. Isso inclui o tratamento de infecções do trato urinário, infecções vaginais e infecções do trato respiratório.
Gestão de Condições Médicas: O tratamento e a gestão de condições médicas pré-existentes, como diabetes, hipertensão e doença renal, também podem ajudar a reduzir o risco de trabalho de parto prematuro.
Prevenir o trabalho de parto prematuro pode ser desafiador, assim como tratar, tudo vai depender da situação, e fazer as consultas de pré-natal regularmente é sempre o mais importante. Estar informada é o primeiro passo para enfrentar essa situação com segurança e confiança.
No próximo post vamos esclarecer a diferença entre a idade cronológica e a idade corrigida do bebê prematuro, e por que é importante saber disso para entender melhor o desenvolvimento do seu pequeno.
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