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Hipoglicemia nos bebês prematuros

Esse assunto pode gerar preocupações entre as mamães de bebês prematuros. É um problema de saúde que merece toda a atenção e compreensão, por isso vamos abordar detalhadamente suas causas, sintomas e maneiras de tratamento.

A hipoglicemia é caracterizada pela baixa concentração de glicose (açúcar) no sangue, abaixo dos níveis considerados normais. Nos bebês prematuros, isso pode ocorrer devido à imaturidade dos órgãos e sistemas do corpo, incluindo o fígado, que é responsável por regular os níveis de glicose.

Diversos fatores podem contribuir para o desenvolvimento da hipoglicemia em bebês prematuros, incluindo:

1. Idade Gestacional: Bebês prematuros nascidos com uma idade gestacional muito baixa, ou seja, aqueles que nascem antes das 32 semanas de gestação, têm um maior risco de hipoglicemia. Isso ocorre porque esses bebês ainda estão em um estágio de desenvolvimento onde o fígado não é capaz de produzir glicose de forma eficiente.

2. Peso ao Nascer: Bebês prematuros com peso ao nascer muito baixo, especialmente aqueles com menos de 1500 gramas, têm maior probabilidade de desenvolver hipoglicemia. Isso se deve ao fato de que esses bebês têm menos reservas de glicose no corpo para sustentar suas necessidades metabólicas.

3. Histórico Familiar de Hipoglicemia: Bebês prematuros que têm um histórico familiar de hipoglicemia ou de outras condições médicas que afetam o metabolismo da glicose, como diabetes mellitus, também podem estar em maior risco.

4. Problemas de Saúde Subjacentes: Condições médicas subjacentes, como problemas cardíacos congênitos, distúrbios endócrinos ou distúrbios metabólicos, podem aumentar o risco de hipoglicemia em bebês prematuros, uma vez que essas condições podem afetar a regulação dos níveis de glicose no sangue.

5. Dificuldades na Alimentação: Bebês prematuros que enfrentam dificuldades na amamentação ou na ingestão de fórmula, seja devido à imaturidade do sistema digestivo ou a problemas de sucção e deglutição, podem ter períodos prolongados sem alimentação, o que pode levar à hipoglicemia.

6. Parto Traumático: Bebês que passam por um parto traumático, como aqueles que enfrentam complicações durante o parto, como o uso de fórceps ou uma cesariana de emergência, podem ter um risco aumentado de hipoglicemia devido ao estresse fetal.

Sintomas de Hipoglicemia:

1. Tremores ou Convulsões: Movimentos involuntários ou espasmos podem ser um sinal de que o bebê está sofrendo com a hipoglicemia.

2. Irritabilidade ou Choro Excessivo: Se o bebê parece estar mais irritado do que o normal ou chora de forma inconsolável, isso pode indicar um problema.

3. Sonolência ou Letargia: Se o bebê está mais sonolento do que o esperado e é difícil acordá-lo para se alimentar, isso pode ser um sinal de hipoglicemia.

4. Palidez ou Cor da Pele Anormal: Alterações na cor da pele, como palidez ou tonalidade azulada, podem ser indicativos de problemas metabólicos, incluindo hipoglicemia.

5. Dificuldade para se Alimentar: Bebês com hipoglicemia podem ter dificuldade em mamar ou demonstrar falta de interesse na alimentação.

É importante observar atentamente o comportamento do seu bebê e estar ciente desses sinais de alerta. Lembre-se de que os bebês prematuros podem apresentar sintomas mais sutis ou diferentes dos bebês nascidos a termo, portanto, não hesite em procurar orientação médica se algo parecer fora do comum.

Maneiras de Tratar a Hipoglicemia:

Quando um bebê prematuro é diagnosticado com hipoglicemia, é necessário agir rapidamente para restaurar os níveis de glicose no sangue e prevenir complicações. Existem várias abordagens terapêuticas que podem ser utilizadas para tratar essa condição e garantir o bem-estar do bebê.

1. Alimentação frequente: Uma das primeiras medidas no tratamento da hipoglicemia em bebês prematuros é oferecer alimentação frequente. Isso pode incluir amamentação, alimentação com fórmula ou alimentação por sonda, dependendo da capacidade do bebê de se alimentar por via oral. O objetivo é fornecer carboidratos para aumentar os níveis de glicose no sangue.

2. Monitoramento dos níveis de glicose: É essencial monitorar continuamente os níveis de glicose no sangue do bebê para garantir que eles permaneçam dentro da faixa normal. Isso envolve testes regulares de glicemia ou exames de sangue laboratoriais mais detalhados.

3. Infusão de glicose intravenosa: Em casos mais graves de hipoglicemia, especialmente se o bebê não estiver respondendo à alimentação oral, pode ser necessária a administração de glicose diretamente na corrente sanguínea por meio de uma linha intravenosa. Isso permite uma entrega rápida e precisa de glicose ao corpo.

4. Acompanhamento médico regular: Bebês prematuros com hipoglicemia requerem acompanhamento médico regular para monitorar sua condição e ajustar o tratamento conforme necessário. Isso pode incluir consultas frequentes ao pediatra, exames de sangue periódicos e avaliação do crescimento e desenvolvimento do bebê.

5. Tratamento da causa de origem: Além de tratar a hipoglicemia em si, é importante identificar e tratar a causa subjacente da condição, se possível. Isso pode envolver o manejo de problemas de alimentação, tratamento de distúrbios metabólicos ou ajustes na medicação, se necessário.

Mamãe, é importante ficar atenta aos sinais de hipoglicemia em seu bebê prematuro e procurar ajuda médica caso identifique algum sintoma. Com o cuidado adequado e acompanhamento médico, a maioria dos bebês prematuros pode superar esse desafio e crescer de forma saudável.

Fique atenta ao próximo assunto, se você estiver grávida de gêmeos ou trigêmeos ou conhecer alguma mamãe que esteja grávida de mais de um bebê. Falaremos sobre a grande possibilidade de esses bebês nascerem prematuros e o que pode ser feito diante dessa situação.

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Imagens: freepik.com

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