Na amamentação, a produção de leite é bilateral, o que significa que ocorre nas duas mamas ao mesmo tempo, enquanto o bebê está mamando apenas em uma delas. Isso ocorre porque a produção de leite é um processo contínuo e coordenado entre as duas mamas.
Quando o bebê mama em um lado, os nervos e receptores da mama estimulada enviam sinais para o cérebro da mãe, desencadeando a liberação dos hormônios ocitocina e prolactina. A ocitocina é responsável pelas contrações que ajudam a expelir o leite dos ductos mamários, enquanto a prolactina estimula a produção de mais leite pelas células secretoras.

Esses hormônios não estão limitados à mama que está sendo sugada pelo bebê. Ambas as mamas são afetadas pelo processo hormonal, o que significa que ambas as mamas estão sendo estimuladas para produzir leite, independentemente de qual mama o bebê esteja mamando.
Isso é uma parte engenhosa do sistema de produção de leite, garantindo que as duas mamas continuem a produzir leite para atender às necessidades do bebê. Caso uma mama esteja produzindo menos leite que a outra, é importante que continue sendo estimulada pelo bebê, para evitar que a proteína inibidora da amamentação envie mensagem ao cérebro materno para que diminua a produção e, em consequência, causar a baixa produção nas duas mamas. É como se o cérebro da mãe passasse a entender que a demanda de leite está alta para o bebê se alimentar, então a quantidade de leite diminui. Portanto, é uma boa prática alternar as mamas em cada mamada, observando com cuidado se o bebê está esvaziando uma mama para então ser oferecida a outra. Isso irá ajudar a produzir um bom suprimento de leite.
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